José Luiz Datena
De vez em quando, fica meio cansativo dar opinião sobre tudo, ou quase tudo. Principalmente, porque tenho certeza que nem sempre o que digo é o que você pensa. É como aquela história: “o meu direito começa onde termina o seu”.
Sobre um assunto que está na moda: o “rolezinho” ou “rolezão”, sei lá como chamam isso. Para alguns, um movimento social de jovens, como se fosse um encontro mesmo; para outros, um motivo de manifestação. Num caso ou no outro, o direito de ir e vir é assegurado pela Constituição. Na minha opinião (que, repito, pode ser diferente da sua), a coisa toda pode ter começado realmente de uma forma inocente, mas está virando bagunça.
Duas mil pessoas em um shopping com qualquer objetivo pode acabar em tragédia. Nem todos são respeitadores, nem todos estão ali para agir de acordo com a lei. Como vai se permitir ou não esse tipo de ação já não sei dizer, não tenho autoridade nem conhecimento para isso, mas o bom senso diz que o comércio não pode ser fechado, que as pessoas que vão aos shoppings para comprar ou por uma atividade de lazer também não podem ter o seu direito de ir e vir desrespeitado.
Moral da história: respeite-se a lei usando o bom senso. Me parece claro que o shopping não é lugar adequado para esse tipo de ação. Como estamos em ano eleitoral, fica evidente que os nossos governantes, em qualquer instância, ou até mesmo autoridades, estão evitando uma posição de confronto ou quaisquer outras medidas que exponham ou coloquem em risco o valoroso dedão na urna, ou seja, ninguém quer perder voto.
Só lembrando que o tiro pode sair pela culatra e a omissão pode ser levada em consideração pelo eleitor na hora de votar. Afinal, o povo já está cheio de omisso ou corrupto.
Como disse um telespectador do Brasil Urgente, difícil é aparecer gente o suficiente para fazer “rolê” para doação de órgãos, limpeza de vias públicas ou qualquer ação do bem. Aí falta gente.